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Notícias

Dia Mundial da Asma

No Dia Mundial da Asma, o Dr. Vítor Teixeira – pneumologista, no Hospital Particular da Madeira e no Madeira Medical Center, e especialista nesta patologia – aborda a doença crónica.

 

Asma e Asma Grave

 

A asma é uma doença pulmonar crónica que inflama e estreita as vias aéreas. A patologia afeta 358 milhões de pessoas em todo o mundo e cerca de 700 mil em Portugal.

As causas da asma não são completamente compreendidas, mas provavelmente envolvem uma interação entre a genética e o meio ambiente. Os principais fatores de risco são substâncias inaladas que provocam reações alérgicas ou irritam as vias aéreas.

Apesar dos avanços médicos, grande parte dos doentes continua a ter um controlo inadequado e sintomas significativos que afetam as suas vidas diárias. 

De acordo com a mais recente evidência, em Portugal, cerca de 43% dos asmáticos não tem a sua doença controlada. Além disso, 88% dos asmáticos não controlados acreditam não o ser. A elevada tolerância aos sintomas, a baixa adesão ao tratamento, o manuseio incorreto do dispositivo inalador, o diagnóstico incorreto e a medicação desadequada podem explicar a falha no controlo.

A asma é uma doença inflamatória crónica e, por isso, incurável. Ainda assim, existe tratamento que deve ser adequado às necessidades de quem vive com asma. É, por isso, crucial a realização de um diagnóstico atempado, que nem sempre acontece devido à desvalorização dos sintomas. Os doentes aprendem a viver com a asma e consideram a sua situação “normal”, apercebendo-se das limitações que estavam a viver apenas quando começam a fazer o tratamento.

O objetivo do tratamento é a prevenção dos sintomas que interferem com o dia a dia do doente asmático, a minimização do risco de agudizações, a melhoria ou estabilização da função pulmonar e a melhoria da sua qualidade de vida. No entanto, os doentes tendem a adaptar a sua vida aos sintomas de asma e nem sempre cumprem a terapêutica. É fundamental o cumprimento da terapêutica para garantir o controlo da Asma.

Porém, existem doentes que, apesar de terem a sua terapêutica de base otimizada, continuam a apresentar muita sintomatologia. Estes doentes têm asma grave, que se estima que possa afetar cerca de 10% dos 700 mil asmáticos portugueses.

A asma grave é um quadro clínico de asma que requer tratamento com doses elevadas de corticoterapia inalada, juntamente com outros fármacos inalados, para garantir o controlo da doença.

As pessoas com asma grave têm dificuldade em controlar os sintomas da doença e têm um risco elevado de sofrer agudizações, por vezes com necessidade de recorrer às urgências hospitalares, ou até ao internamento. Cerca de 4 em cada 10 doentes com asma grave são anualmente admitidos para internamento de urgência devido a agudizações por asma. Estima-se que a asma grave esteja associada a mais de metade dos custos globais com tratamento da patologia.

Em alguns casos de asma grave, o uso da medicação convencional já está nos limites máximos das doses e, ainda assim, os doentes continuam a apresentar queixas e elevada sintomatologia, podendo até necessitar de realizar corticoterapia oral para atingir algum grau de controlo. Nessas situações, após uma rigorosa avaliação clínica e funcional, existem atualmente terapêuticas biológicas que apresentam excelentes resultados no controlo da patologia. 

Os anticorpos monoclonais são um tipo de fármaco que se enquadra nas chamadas terapêuticas biológicas, moléculas sintetizadas por organismos vivos que atuam sobre alvos específicos da fisiopatologia da doença, permitindo, através dessa especificidade, melhorar a eficácia destas terapêuticas e reduzir eventuais efeitos secundários. 

Pela sua especificidade e complexidade, estes são fármacos que apenas podem ser adquiridos em farmácias hospitalares. São medicamentos seguros e com resultados comprovados na diminuição das agudizações e na redução da necessidade de utilização de corticoides orais.

Podemos, assim, dizer que o doente com asma está, atualmente, capaz de ter uma vida sem sintomas ou complicações!

 

Pneumologia 

 

2 de Maio de 2023