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Ft. Célia Serrão

Fisioterapeuta
Especialista em 
Reabilitação Vestibular

 

 

Reabilitação Vestibular

“Colocar na Ordem” as Tonturas e os Desequilíbrios

HPA Magazine 10
 

Fisioterapia


A reabilitação vestibular é um método cada vez mais utilizado na fisioterapia para a reabilitação dos doentes com disfunções vestibulares e défice de equilíbrio, sendo aliás considerada a terapêutica mais correta nestes casos, visando melhorar não só o equilíbrio e os sintomas de vertigem/tontura, mas também melhorar a autoconfiança do paciente e consequentemente a sua qualidade de vida.
Na aplicação desta(s) técnica(s) é importante uma avaliação objetiva e concisa, para ir de encontro a um correto diagnóstico, que permitem traçar um protocolo de intervenção personalizado de acordo com a lesão e as queixas do doente.

 



 

As alterações do sistema vestibular periférico e/ou central provocam sinais do tipo nistagmo espontâneo (movimentos involuntários e repetidos dos olhos) e desvios posturais, bem como sintomas como vertigens, nistagmo patológico, desequilíbrio, alterações da visão, náuseas, vómitos, rigidez cervical, ataxia vestibular e alterações da consciência, com importantes limitações funcionais na vida diária do doente.
A reabilitação vestibular atua fundamentalmente nos mecanismos de neuroplasticidade que visam uma compensação central mais eficaz na recuperação da função. Além disso, a evidência conclui também que a reabilitação vestibular precoce, na fase de crise vertiginosa, pode proporcionar melhoria dos sintomas de tontura e prevenir complicações futuras, como ansiedade, redução da capacidade funcional e possibilidade de quedas.
De forma global o objetivo deste método visa a adaptação para interação visual-vestibular (estabilização do olhar) usando movimentos repetitivos da cabeça e/ou dos olhos, que contribuem para reduzir o erro e restaurar o ganho do reflexo vestíbulo-ocular.
Podem ser utilizadas técnicas de intervenção para lesões vestibulares periféricas (sobretudo défices vestibulares periféricos unilaterais, de que são exemplos as nevrites vestibulares e as labirintites), défices vestibulares bilaterais, défices multissensoriais no idoso, síndromes vestibulares centrais, vertigens psicogénicas, vertigens posicionais (vertigem paroxística posicional benigna e vertigens posicionais centrais) e vertigens visuais.
São utilizados fundamentalmente exercícios de controlo postural, de prevenção de quedas e reeducação funcional baseados em princípios da reaprendizagem motora que proporcionam a mudança do comportamento e a promoção da aptidão do movimento.
Existem manobras específicas de reposicionamento na reabilitação vestibular para doentes com diagnósticos específicos de disfunção, como por exemplo, vertigem posicional paroxística benigna. É o caso das manobras de reposicionamento canalitísiase ou Epley, Semont e Liberatory, realizadas pelo terapeuta com o objetivo de reposicionar os cristais, que podem posteriormente ser complementadas com exercícios de oculo motricidade, vestíbulo-oculares, vestíbulo medulares e propriocetivos.
Habitualmente são realizadas sessões 2 a 3 vezes por semana, dependendo da fase de intervenção e englobando tanto as terapias manuais quanto as manobras de reposição vestibular. Podem ainda ser incluídos exercícios de integração visual, estabilização ocular e propriocetivos de acordo com a patologia.
É igualmente importante ensinar ao doente exercícios e estratégias de controlo de equilíbrio e coordenação que visam melhorar o seu dia-a-dia.