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Pediatra
HPA Magazine 12
A morte por afogamento é a segunda causa de morte acidental nas crianças, com a maioria dos casos a ocorrer nos meses de junho, julho e agosto. O afogamento é um acontecimento muito rápido e silencioso e que pode dar-se em quantidades muito reduzidas de água (uma criança pequena pode afogar-se em menos de um palmo de água).
Nos últimos anos têm sido encetados esforços para a promoção das medidas de prevenção, salientando-se o importante papel da Associação para a Promoção da Segurança Infantil (APSI) – de acordo com a mesma, verificaram-se, nos últimos 15 anos, 238 afogamentos com desfecho fatal, registando-se ainda, para além dos óbitos, 572 internamentos na sequência de episódios de submersão (muitos com lesões neurológicas sequelares permanentes).
Identificar grupos de maior risco: grupo etário dos 0-4 anos, sexo masculino, doenças crónicas adjacentes (epilepsia, arritmias cardíacas).
Reconhecimento dos locais mais problemáticos: piscinas, seguidas de rios, ribeiras e lagoas e, por fim, as praias. Em casa, baldes ou depósitos com água e banheiras cheias.
Ambiente físico: minimizar contacto com espaços potencialmente perigosos por meio da instalação de proteções físicas, como portões de fecho automático e vedações em redor das piscinas, tanques e poços.
Parental: supervisão constante das crianças nas imediações de locais de risco, evitar a presença de bonecos ou bóias dentro de água (que possam atrair a criança). Desincentivar mergulhos sem o prévio conhecimento da profundidade da água.
Desenvolvimento de competências na criança/adolescente: Saber identificar o perigo, promover noção básicas de natação (em especial após os 12 meses de idade), segurança aquática e de salvamento seguro, estimular o pedido de ajuda precoce, evitar áreas sem supervisão.
Uso de material apropriado: dispositivos de flutuação pessoal (coletes salva-vidas).
Pais e cuidadores com treino de reanimação cardiorrespiratória. Aumentar a sensibilização do público e destacar a vulnerabilidade das crianças.
O afogamento é, de facto, evitável. Cabe-nos reconhecer a necessidade da instituição de medidas preventivas para que todos possamos providenciar um crescimento saudável e seguro para os nossos filhos.