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Dr. André Galvão

Psicólogo Clínico

 

Dr. André Galvão

Impacto emocional do cancro de mama

HPA Magazine 19

A consciencialização para o cancro de mama é um tema cada vez mais presente na vida das pessoas em geral, por todos os riscos que pode acarretar e pelo impacto que pode causar não apenas ao doente como à família que o rodeia.
Sabe-se que todo o trabalho de informação e sensibilização é importante, pois ajuda muitas vezes o doente a estar atento, a identificar e a procurar ajuda especializada o mais precocemente possível, evitando muitas vezes situações que podiam ter um resultado dramático.
Apesar do cancro de mama se encontrar maioritariamente associado ao sexo feminino, também atinge o sexo masculino, sendo as percentagens de 99% e 1% respetivamente.

 


Impacto emocional do cancro de mama


 

Deste modo, o cuidado especificamente para com este doente tem sido uma preocupação cada vez maior por parte do Grupo HPA Saúde, no sentido de se proporcionar ao próprio e sua família, o melhor acompanhamento possível, procurando preencher todas as suas necessidades, desde o diagnóstico, passando pelos tratamentos, até à conclusão dos mesmos.
Prova disso foi o desenvolvimento da Unidade da Mama, através da criação de uma equipa multidisciplinar constituída por vários profissionais focados unicamente nesta patologia, que se reuniram no mês de outubro, considerado o mês da consciencialização do cancro de mama pelo mote “outubro rosa”, no 1º Open Day - Informar, Tratar, Apoiar, na sala de conferências do HPA-Gambelas, lado a lado com alguns doentes e suas famílias.
Foram abordados os temas mais importantes associados ao cancro de mama entre os quais os aspetos emocionais.
Sendo o cancro de mama uma doença de caráter físico, pode também acarretar repercussões ao nível psicológico.
Deste modo, a presença da psicologia, não sendo obrigatória é por vezes indispensável e nalguns casos até preponderante, ao longo do período da doença, pois esta necessidade vai depender dos recursos internos que cada pessoa apresenta no contacto com esta condição.
Por vezes, o confronto com a doença e determinados tratamentos que têm de ser realizados, podem suscitar a presença de alguma ansiedade e despoletar momentos de desconforto emocional significativos, uma vez que se encontram associados sentimentos de medo, insegurança, impotência e incerteza, o que pode ser bastante angustiante e limitativo para o doente
Estes sentimentos podem potenciar algum isolamento social e familiar, proporcionando a perda da sua identidade perante o outro. 

 

Apesar de toda a consciencialização que tem vindo a ser feita ao longo do tempo, conforme falado anteriormente, continuamos a assistir a uma sociedade muito focada nos padrões de beleza em que os cabelos longos e o peito são sinónimo de feminilidade, sendo o cancro de mama uma ameaça à imagem corporal das mulheres, promovendo assim algum desequilíbrio psicológico.
Esta visão pode por isso dar lugar, não apenas a uma diminuição da auto estima do doente mas também trazer algumas limitações ao nível da sexualidade, no caso da mulher, uma vez que ao não se sentir confortável com o seu próprio corpo, dificilmente se sentirá desejada, podendo assim iniciar-se o conflito sexual do casal.
Ao longo dos tratamentos o doente poderá sentir alguma oscilação do humor bem como alguma sintomatologia ansiosa e ou depressiva como o isolamento, perda de vontade por atividades ou tarefas que anteriormente tinha prazer, choro, perda de energia, distúrbio do sono, entre outros, o que naturalmente poderá provocar algum mau estar e que terá que ser bem percebido.
A família, tem em todos os momentos da doença um papel muito importante na contenção e suporte do doente, pois deve estar atenta às eventuais alterações emocionais que possam surgir e que de algum modo, tragam algumas limitações ao seu dia a dia e que nalguns casos afetam o bem-estar do doente. Deve procurar ainda estar o mais presente possível, incentivando a comunicação, de forma a que o doente se sinta confortável e partilhe o que está a sentir.
O papel da psicologia torna-se assim necessário, pois vai ajudar o doente e a família a encontrar um significado diferente relativamente à doença, potenciando o desenvolvimento de estratégias, promovendo uma melhor adaptação emocional, uma maior funcionalidade, uma melhor qualidade de vida e uma adesão mais positiva aos tratamentos.