O pericárdio é uma membrana dupla que envolve o coração e os vasos sanguíneos associados. A camada externa, chamada pericárdio fibroso, fixa o coração no seu lugar e previne a sua distensão excessiva. A camada interna, ou pericárdio seroso é composta por duas camadas: o pericárdio parietal, que está sob o pericárdio fibroso e o pericárdio visceral (ou epicárdio), que cobre diretamente o coração. Entre essas camadas existe a cavidade pericárdica, que contém um fluido lubrificante, o fluido pericárdico, que reduz o atrito durante as contrações cardíacas.
A pericardite é a inflamação ou infeção do pericárdio e pode ser causada por diversos fatores como infeções virais ou bacterianas, doenças autoimunes (como lúpus e artrite reumatoide), insuficiência renal, doenças da tiroide, traumatismos no tórax, enfarte do miocárdio, medicamentos, radioterapia torácica ou neoplasias, incluindo metástases.
Sinais e sintomas principais da pericardite:
O diagnóstico baseia-se na avaliação dos sintomas, histórico clínico, exame físico e exames complementares como eletrocardiograma e ecocardiograma. A pericardite pode ser classificada como aguda (evolução entre 4-6 semanas) ou crónica (evolução superior a 3 meses). O tratamento visa aliviar os sintomas, reduzir a inflamação e tratar a causa subjacente, se identificada.
Se não tratada corretamente, a pericardite pode evoluir para pericardite constritiva (diminuição da elasticidade do pericárdio, afetando a função cardíaca) ou tamponamento cardíaco (acumulação de líquido na cavidade pericárdica), condições que podem ser fatais. Nesses casos, é necessário internamento e tratamento especializado.