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Dr. João Tavares

Pediatra

 

Dr. João Tavares

Eczema Atópico
Uma doença multifatorial

HPA Magazine 16


O eczema atópico (ou dermatite atópica) é uma doença multifatorial, não completamente esclarecida. A história parental de alergias (sobretudo materna) é um dos fatores de risco mais importante. Aproximadamente um terço das crianças acaba por mais tarde vir a sofrer de asma e/ou rinite alérgicas. Este fenómeno é chamado de “marcha atópica”.
A sua incidência tem vindo a aumentar ao longo dos últimos anos, estimando-se que afete entre 10-20% da população pediátrica, sendo mais frequente em áreas urbanas.


Eczema Atópico


 

Manifesta-se com comichão, pele vermelha e descamativa, às vezes com fissuras e exsudação. Os primeiros sintomas surgem habitualmente nos primeiros cinco anos de vida. Nos bebés mais pequenos envolve habitualmente a face e as zonas extensoras dos membros. Já nas crianças, a partir dos 2-3 anos, é mais frequente o envolvimento das zonas flexoras (sobretudo as dobras dos cotovelos e joelhos), que nos casos persistentes se apresentam com a pele seca e espessada. 
Em Portugal, estima-se que cerca de 10% das crianças são afetadas pela doença. Na maior parte das situações a patologia tende a melhorar muito e até a desaparecer com a idade, embora possa permanecer por toda a vida. A persistência é mais típica nos casos onde o aparecimento é tardio.
O eczema atópico tem tratamento. Conforme a situação clínica, o médico assistente recomendará o mais adequado. O eczema atópico melhora durante a adolescência em 60% a 80% dos casos.

 

RECOMENDAÇÕES GERAIS PARA AS CRIANÇAS QUE SOFREM DE ECZEMA ATÓPICO: 

  • Hidratação regular (1-2x/dia) e sempre após o banho (o emoliente pode causar ardor se aplicado em área inflamada e não tratada);
  • O emoliente e os produtos de higiene devem ser específicos para peles atópicas – siga a recomendação do médico assistente;
  • O banho deve ser rápido (< 10min) com água tépida e preferencialmente na forma de duche;
  • Deve ser usada roupa confortável, preferencialmente de algodão e de cor clara quando está em contacto direto com a pele;
  • Manter as unhas curtas pode ajudar a reduzir o dano causado pela comichão e diminuir as probabilidades de infeção;
  • O excesso de calor e as mudanças bruscas de temperatura podem ser fatores de agravamento. Assim, os quartos devem ser bem arejados e os aquecedores evitados. Deve-se limitar o uso excessivo de cobertores na cama para evitar a transpiração;
  • Evitar coçar; podem ser utilizados fármacos ou loções antipruriginosas;
  • Evitar o sobreaquecimento – o calor e a transpiração podem causar exacerbação das lesões;
  • A exposição solar regrada pode ajudar a melhorar os sintomas;
  • Aplicação criteriosa de corticoides, evitar aplicar indiscriminadamente, mas não promover a corticofobia. Os riscos e benefícios serão ponderados em cada caso, pelo seu médico assistente;
  • Dependendo do nível de gravidade, ao tratamento tópico pode ser necessário associar tratamento sistémico;
  • Cumprir rigorosamente o tratamento prescrito pelo seu médico assistente.