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Dr. André Galvão
de Castro

Psicólogo Clínico 
 

Dr. André Galvão de Castro

Stress pós-traumático
Na gravidez e pós-parto

HPA Magazine 16

 

A propósito do “Dia da Saúde Mental Materna”, comemorado a 3 de maio, salienta-se a importância de toda a comunidade estar atenta quanto às alterações emocionais da mulher, não somente no período de gravidez, mas também durante o pós-parto, por ser um momento extremamente delicado nas suas vidas.


Stress pós-traumático Na gravidez e pós-parto


 

Apesar de se saber atualmente que este é um momento de maior vulnerabilidade durante a vida da mulher, por todas as alterações fisiológicas, físicas e psicológicas que ocorrem nesta fase e, por se lhe estar associado algumas patologias como a ansiedade e a depressão, sabe-se atualmente que o stress pós traumático (SPT) ocupa aqui também um papel muito importante, não devendo ser subvalorizado, na medida em que poderá igualmente estar presente e desenvolver-se, limitando assim a um nível considerável a autonomia e o bem-estar da mulher. 
O SPT é caraterizada como uma perturbação que ocorre após se experienciar ou testemunhar uma situação de risco de vida ou que coloque em causa a integridade física ou psíquica da pessoa e por isso a obrigatoriedade em ser diagnosticado na sequência de algum evento traumático ou stressante.
Ao longo da vida, o SPT apresenta uma maior prevalência no sexo feminino e manifesta-se por períodos de stress mais prolongados.
Os sintomas, de um modo geral, passam pela: a) revivência do trauma, em que a mulher é confrontada com pensamentos ou memórias intrusivas e que muitas vezes surgem de forma persistente; b) evitamento e embotamento afetivo em que a mesma evita situações, lugares ou pessoas que a façam recordar algum momento traumático e c) hipervigilância, na qual a mulher se encontra constantemente em estado de alarme, sempre atenta e em modo defensivo, como forma de se prevenir de um possível ataque ou ameaça.

Esta perturbação pode ocorrer em qualquer idade, com início após o primeiro ano de vida e os sintomas com frequência têm início nos primeiros 3 meses após o trauma, podendo por vezes haver um atraso de meses até se preencherem todos os critérios de diagnóstico.
O SPT é muitas vezes desvalorizado, passando até de um modo despercebido, pois a mulher evita de algum modo confrontar-se com os elementos desencadeantes de stress, por ser desagradável e bastante limitativo para a sua vida.
Assim, torna-se evidente a necessidade de quando se inicia o planeamento de uma gravidez, que a mulher procure resolver, junto dos profissionais existentes, os seus fantasmas internos, para que os mesmos não se exacerbam e se evidenciem de um modo negativo, durante aquele que deve ser um dos momentos mais bonitos da sua vida.