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Dra. Ivone Lobo

Ginecologista Obstetra · Sub especialista em Medicina Materno Fetal
Diretora do Serviço de Ginecologia e Obstetrícia

Dra. Ivone Lobo

Distócia de ombros

Uma emergência obstétrica

HPA Magazine 19

A Distócia de Ombros (DO) é uma das situações mais temida e stressante das emergências obstétricas, que pode ocorrer durante o parto vaginal, que requer manobras obstétricas adicionais para a extração fetal depois da expulsão da cabeça fetal.
É importante a equipa obstétrica ter conhecimento dos factores de risco que contribuem para a DO; quais as complicações; como fazer o diagnóstico; e que intervenções são necessárias para oferecer à paciente os melhores cuidados antes, durante e após o parto.

 


Distócia de ombros


 

Na DO, os ombros do feto não conseguem progredir além do osso púbico materno, fazendo com que o intervalo entre a expulsão da cabeça e do corpo fetal ultrapasse os 60 segundos.
Embora haja vários factores de risco: maternos (estreito inferior da bacia com dimensões menores, diabetes, obesidade, ganho ponderal exagerado, feto anterior macrossómico ou DO anterior); fetais ( macrossomia fetal ); do parto ( segundo estádio prolongado ou progressão anormal do trabalho de parto), estes têm um baixo valor preditivo positivo isolados ou em combinação, para permitir a prevenção na maior parte dos casos.
Existe uma variação da incidência da DO de 0,2% e 3% do total de partos.Os objectivos prioritários perante uma DO, são evitar lesão materna ou fetal durante o parto.
A morte fetal é um desfecho possível e mais grave. A lesão do plexo braquial é a complicação mais importante da DO complicando 2,3% a 16% dos partos em que esta ocorre. A maior parte das lesões do plexo braquial resolvem-se sem incapacidade permanente, mas em cerca de 10% resultam em disfunção neurológica permanente.
Há aumento da morbilidade materna particularmente a hemorragia pós-parto (11%) e lacerações do períneo do 3ºe 4º grau (3,8%). 
Pode haver uma morbilidade e mortalidade neonatal significativa mesmo quando tratada corretamente.
É importante que a equipa obstétrica reconheça rápidamente a DO, fique calma, peça ajuda e tenha uma abordagem sistemática de modo a minimizar complicações maternas e fetais.
Para que que a equipa esteja preparada realizamos regularmente treinos sobre a DO, com teoria e prática em simuladores, o último dos quais aconteceu no dia 28 de outubro de 2022.
Os clínicos devem estar atentos aos factores de risco da mulher em trabalho de parto, estando sempre em alerta para a possibilidade de ocorrer uma Distócia de Ombros.