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Enfº Flávio Dias

Enfermeiro Responsável
Unidade de Cuidados 
Intensivos

 

Enfº Flávio Dias

Unidade de Cuidados Intensivos

Qual o seu propósito numa Instituição hospitalar?

HPA Magazine 19

Historicamente, foi em contexto de guerra (Crimeia, em 1854 por Florence Nightingale) que surgiu o conceito de agrupar os feridos de acordo com o seu estado de gravidade e grau de dependência, sendo que os feridos em estado mais crítico eram alocados junto aos postos de trabalho e de preparação de terapêutica, onde os profissionais de saúde permaneciam mais tempo, aumentando assim a vigilância e diminuindo o tempo de atuação em situações de emergência. Mais tarde, as Unidades de Cuidados Intensivos foram surgindo da evolução das salas de recuperação pós-anestésica do Bloco Operatório, onde o paciente era vigiado continuamente nas primeiras horas após a cirurgia, o que garantia uma resposta imediata a qualquer tipo de intercorrência, aumentando o sucesso e o bem-estar do paciente ao longo da sua estadia na unidade hospitalar. 


Unidade de Cuidados Intensivos


 

Com o passar dos anos e perante a evidência de vários estudos, a própria estrutura e organização dos serviços hospitalares evoluiu. Hoje em dia, é indiscutível que os pacientes com maior instabilidade hemodinâmica carecem de uma vigilância permanente e contínua, de ações médicas por vezes emergentes, de cuidados de saúde especializados, de procedimentos, técnicas e tratamentos muitas vezes mais invasivos, do conforto e segurança proporcionados por uma equipa multidisciplinar especializada e treinada, sempre disponível para fazer mais e melhor – tudo isto é disponibilizado pelas Unidades de Cuidados Intensivos.
A Unidade de Cuidados Intensivos é um serviço clínico muito complexo e especializado, tendo como principais objetivos o diagnóstico, a monitorização e o tratamento de situações de doença aguda potencialmente reversíveis, em que existe falência ou risco de falência de um ou mais órgãos vitais. Assume uma posição de enorme relevo na diferenciação e desenvolvimento de uma unidade hospitalar por três motivos principais: 

  • Permite a realização de cirurgias de alta complexidade com maior risco associado, monitorizando e intervindo perante qualquer intercorrência pós-operatória;
  • Assegura os cuidados de excelência ao paciente em estado crítico num ambiente controlado;
  • Proporciona um ambiente hospitalar seguro para todas as pessoas aí presentes (pacientes, visitas e colaboradores), através da Equipa de Emergência Médica Intra-Hospitalar. Esta equipa é constituída por um Médico e um Enfermeiro com competência e treino para atuar em casos emergentes, dando resposta a qualquer intercorrência ou colapso que ocorra no interior da unidade hospitalar. No nosso hospital, esta equipa é sediada na Unidade de Cuidados Intensivos e é ativada através de uma chamada telefónica para um número interno. 

Num hospital com uma Unidade de Cuidados Intensivos, todos estes casos graves, súbitos e inesperados ou com uma considerável e conhecida percentagem epidemiológica de desencadearem intercorrências, podem permanecer e ser tratados nesse mesmo hospital, sem que a transferência inter-hospitalar seja a única solução. 
Devido à sua complexidade e especificidade, a Unidade de Cuidados Intensivos é um serviço hospitalar com elevada exigência de gestão quer de equipamentos médicos e infraestruturas, mas também de recursos humanos. 
Falando de pacientes em risco de vida, é exigido um alto nível de profissionalismo e maturidade à equipa multidisciplinar.
Exemplo disso é a Unidade de Cuidados Intensivos da unidade hospitalar de Gambelas-Faro, inaugurada em 2009. 

Este serviço tem evoluído ao longo dos anos, acompanhando sempre os desafios propostos pela Administração, as necessidades crescentes de resposta devido ao aumento do número de utentes que nos procura e o propósito cada vez mais aprimorado que o Grupo HPA Saúde tem para com a comunidade em que se insere. 
Um exemplo de um desses desafios é a Cirurgia Cardíaca, uma intervenção cirúrgica complexa que a sul de Lisboa, apenas é realizada na nossa unidade hospitalar, o que preenche essa lacuna nas regiões do Algarve e Alentejo.
Somos um serviço com capacidade para 8 pacientes, com os quais assumimos uma relação de profissionalismo, disponibilidade e segurança. 
Dispomos de todo um conjunto de meios diferenciados que permitem entre outras valências, a ventilação mecânica (invasiva e não invasiva), terapia de oxigénio por alto-fluxo, hemodiafiltração (substituição renal), monitorização da pressão venosa central, pressão intra-abdominal, pressão intracraniana no paciente neurocrítico e monitorização contínua do débito cardíaco.
Assumimos os pacientes no pós-operatório das cirurgias major de especialidades como a Cirurgia Geral, Neurocirurgia, Cirurgia Cardíaca e Torácica, bem como os pacientes em estado grave devido a uma urgência médica que recorrem ao nosso hospital através do Serviço de Atendimento Permanente disponível 24Horas. Essa urgência, por vezes, também pode ser desencadeada nos pacientes já internados em outros serviços do hospital que, devido a um cada vez maior conjunto de comorbilidades, deterioram a sua condição clínica. Mas nem sempre o internamento na Unidade de Cuidados Intensivos é sinónimo de uma situação clínica grave. Por vezes, os pacientes são admitidos para uma monitorização e vigilância mais apertadas nas primeiras horas de pós-operatório.
A equipa especializada da Unidade de Cuidados Intensivos está comprometida e motivada em ser melhor cada dia que passa. A baixa rotatividade dos profissionais, a formação contínua muitas vezes conjunta entre Enfermeiros e Auxiliares de Ação Médica, a elaboração e revisão constantes dos protocolos de atuação e a enorme dedicação de todos os profissionais, faz com que o resultado final seja de excelência, traduzindo-se no feedback dos nossos pacientes e familiares e numa acreditação clínica de prestígio internacional, concedida pela Joint Commission International. Muito obrigado equipa!