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Enf.º José Borges 

Serviço de Atendimento Permanente

 

Enf.º José Borges

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Serviço de Atendimento Permanente

 

Enf.ª Catarina Pacheco

Serviço de Atendimento Permanente:
Os seus desafios e como afetam a gestão dos cuidados de enfermagem

HPA Magazine 24 // 2025

 

Trabalhar num Serviço de Atendimento Permanente (SAP) desde cedo que tem sido reconhecido como um desafio da área da saúde.

 


Serviço de Atendimento Permanente:


 

É considerado um dos mais importantes e stressantes setores de uma unidade hospitalar, onde todos os segundos contam para oferecer os cuidados de saúde necessários e essenciais à vida dos utentes, sendo a sua segurança parte integral dos sistemas de saúde. (Mohammadi et al 2024; Power et al, 2022)
O ambiente stressante vivido pelos enfermeiros num SAP contribui para que os mesmos, ao lidarem diretamente com situações de risco, doença e sofrimento dos utentes e suas respetivas famílias, enfrentem uma variedade de desafios. Entre estes, destaca-se a negligência das normas e protocolos, e das precauções básicas de segurança, constituindo assim uma das principais dificuldades encontradas pelos enfermeiros e restante profissionais. (Mohammadi et al 2024; Power et al, 2022)
É neste setor que a Joint Commission International (JCI) enquanto organismo de acreditação de unidades de saúde, baseada nos padrões de qualidade americanos e reconhecido internacionalmente, constata que os profissionais de saúde e as unidades hospitalares HPA se pautam pelos mais elevados padrões de segurança e qualidade em áreas como o controlo de infeção, o atendimento, os cuidados médico-cirúrgicos, e também a liderança e a gestão organizacional. (Grupo HPA, 2025) 
O ambiente laboral de um serviço de atendimento permanente embora seja considerado desafiante, estimulante e gratificante por aqueles que nele trabalham, é também conhecido como um meio de trabalho intenso, de alta rotatividade de profissionais e de esgotamento dos mesmos. (Power et al, 2022) A evidência científica destaca como desafios de um SAP o desgaste físico, condições de trabalho desajustadas, sobrecarga de trabalho, excessiva afluência de utentes e recursos humanos e físicos insuficientes, podendo estes contribuir para a fadiga, para o esgotamento e para a tensão física e psicológica, e também levam enfermeiros e outros profissionais de saúde a sentir que a qualidade do atendimento e segurança do utente e da sua respetiva família estejam comprometidos. (Power et al, 2022; Rocha et al, 2021) A sobrecarga de tarefas, a alternância constante de doentes urgentes e a elevada exigência laboral nos serviços de atendimento permanente resultam frequentemente em exaustão física e emocional dos enfermeiros. 

 

 

 

Entre os principais fatores que comprometem a gestão eficaz da segurança do doente destacam-se a ausência de trabalho de equipa eficiente, a sobrelotação do serviço, a escassez de profissionais experientes e as deficiências nas competências de comunicação. (Grover et al, 2017; Mohammadi et al 2024; Power et al, 2022) É nesta perspetiva que os profissionais consideram também desafiante acompanhar as necessidades e o risco individual de cada utente e família na ocorrência de efeitos adversos, e consequentemente, naquela que é a sua experiência hospitalar, contribuindo assim, negativamente para a perceção psicossocial do enfermeiro na sua prática de cuidados. (Power et al, 2022; Rocha et al, 2021) A atuação eficaz em enfermagem, num serviço de atendimento permanente está fortemente associada à presença de trabalho em equipa coeso, redes de apoio estruturadas e oportunidades de análise reflexiva formal e informal - debriefing. Estes elementos são cruciais para mitigar os aspetos desafiantes e potencialmente traumáticos da prática clínica neste contexto. 
A identificação e valorização dos fatores que promovem a satisfação profissional dos enfermeiros contribuem para a retenção da classe, bem como para o bem-estar organizacional. (Mohammadi et al 2024; Power et al, 2022) O ambiente de trabalho, uma liderança competente e uma comunicação eficaz entre os enfermeiros e restantes profissionais de saúde emergem como determinantes centrais para a qualidade dos cuidados e a segurança dos utentes e das suas famílias. 
A liderança eficaz, caracterizada pela experiência, capacidade de priorização, coordenação e comunicação assertiva, fortalece a resiliência da equipa e aumenta a confiança dos profissionais e dos utentes nos serviços prestados. (Grover et al, 2017; Mohammadi et al 2024; Power et al, 2022) A atratividade do serviço de atendimento permanente para os enfermeiros está associada à possibilidade de trabalho colaborativo, à diversidade clínica dos doentes e às oportunidades contínuas de desenvolvimento profissional e aquisição de competências. Assim, estratégias institucionais que priorizem o bem-estar dos profissionais e a consolidação de equipas resilientes, devem ser consideradas essenciais na gestão de recursos humanos em saúde. (Power et al, 2022)