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Pós-Graduação Avançada
em Cuidados Intensivos

 

Enfª Filipa Fernando

Enfª Filipa Fernando

Enfermeira com
Pós-Graduação Avançada
em Cuidados Intensivos

 

Enfª Isabel Pires

Enfª Isabel Pires

Enfermeira Especialista em Enfermagem Médico-Cirúrgica com especialização na Pessoa em Situação Crítica 
Mestre em Enfermagem
Enfermeira Responsável da Unidade de Cuidados Intensivos do HPA Alvor

 

ISBAR: Uma ferramenta que ajuda os profissionais de saúde a cuidar melhor de si!

HPA Magazine 24 // 2025

A comunicação entre profissionais de saúde é um dos pilares fundamentais para garantir um atendimento seguro e de qualidade.
 

 


ISBAR: Uma ferramenta que ajuda os profissionais de saúde a cuidar melhor de si!


 

A Organização Mundial de Saúde (OMS) aponta a falha na comunicação como uma das principais causas de eventos adversos evitáveis em ambiente hospitalar (Direção-Geral da Saúde, 2017). Para mitigar falhas de comunicação que podem colocar em risco a segurança do paciente, o método ISBAR apresenta-se como uma ferramenta de padronização da comunicação em saúde que é reconhecida por promover a segurança do paciente em ambientes de transição de cuidados (DGS, 2017). Trata-se de uma ferramenta simples, mas poderosa, cada vez mais utilizada pelas instituições de saúde comprometidas com a segurança do paciente, como é exemplo o Grupo HPA Saúde. 
O ISBAR é um modelo desenvolvido para reduzir falhas na transferência de informações, especialmente em situações de urgência, mudanças de turno, transferências entre serviços ou até entre unidades hospitalares. Diversos estudos mostram que o uso do método ISBAR melhora a clareza da comunicação e reduz significativamente erros clínicos (Fahajan et al., 2023).
A adoção do método ISBAR não é apenas uma questão técnica, mas também uma estratégia que protege a vida do paciente ao garantir que nenhuma informação seja perdida ou distorcida. A metodologia ISBAR é muito mais do que um protocolo hospitalar, é uma ferramenta de cuidado. Esta permite aos profissionais de saúde falarem a mesma “língua” no momento da transmissão de informações cruciais, minimizando o risco de erro e melhorando os resultados para os pacientes.
Segundo Burgess et al. (2020) os benefícios deste tipo de abordagem comunicativa incidem: na transmissão de informação completa que reduz quer a informação em falta quer aquela que possa ser transmitida em duplicado; na redução do tempo da passagem de informação quer seja ao nível de transferências entre serviços hospitalares quer seja a nível da passagem de turno no próprio serviço; na utilização de uma abordagem prática, clara e focada no paciente; no aumento da confiança dentro da equipa multidisciplinar; na possibilidade de ser utilizada em comunicação escrita, tornando os próprios registos claros e concisos.
A Joint Commission International (JCI) é uma organização internacional de acreditação da qualidade e segurança de unidades de saúde que avalia o cumprimento de determinados requisitos a nível hospitalar de forma a que a cada instituição acreditada, seja sinónimo de garantia de certos padrões de segurança e qualidade na prestação de cuidados de saúde aos pacientes. Esta, reconhece o método de comunicação ISBAR como uma das práticas essenciais de segurança do paciente. O Grupo HPA Saúde segue os padrões da JCI que defende e procura promover a comunicação segura e eficaz em saúde (Grupo HPA Saúde, 2025).

Na Unidade de Cuidados Intensivos da Unidade de Alvor, a comunicação clara, objetiva e estruturada é essencial para garantir a segurança do paciente e a continuidade de cuidados de excelência. A equipa adota o método ISBAR como ferramenta padronizada de transmissão de informações clínicas entre profissionais de saúde, seja em momentos de passagem de turno, solicitação de avaliação médica ou transferências intra ou inter-hospitalares.
O método ISBAR organiza a comunicação em cinco passos fundamentais: Identificação (I), Situação (S), Background (B), Avaliação (A) e Recomendações (R) (Direção-Geral da Saúde, 2017). A Identificação (I) refere-se à identificação do paciente, a Situação (S) consiste numa breve descrição da situação clínica do mesmo. Por outro lado, o Background (B) diz respeito às informações relevantes sobre o passado do paciente, incluindo história clínica, alergias, tratamentos anteriores e outros dados relevantes. Na Avaliação (A), pretende-se uma avaliação atual do paciente, incluindo os seus sinais vitais, alterações no estado clínico e outros dados relevantes. Por último as Recomendações (R) constituem sugestões sobre o plano de tratamento, como próximo passo, observação ou consulta com outro profissional. 
A utilização deste modelo por parte da equipa multidisciplinar da UCI contribui para uma tomada de decisão mais rápida e informada, melhorando os resultados clínicos e reforçando a política e cultura de segurança dos nossos pacientes.
O uso da metodologia ISBAR permite ganhos em saúde intimamente relacionados com uma menor incidência de erros, diminuição de eventos adversos e complicações assim como a redução de atrasos relacionados com o diagnóstico e com o próprio tratamento reduzindo o tempo de internamento permitindo disponibilizar cuidados personalizados e seguros (Correia et al., 2024).
Neste sentido, a formação contínua e a prática diária com o método ISBAR são amplamente incentivadas, reconhecendo-o como uma ferramenta essencial padronizada de comunicação profissional e colaborativa em contexto de cuidados intensivos como em qualquer outro serviço clínico. Deste modo é possível reduzir a perda de informação e ainda contribuir para uma promoção da continuidade dos cuidados (Caselhas, 2020). Este recurso está enquadrado nas Metas Internacionais do Paciente definidas pela JCI, em que a comunicação estruturada e normalizada representa ganhos diretos para a saúde de todos os pacientes que recorrem ao Grupo HPA Saúde.