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Dr.  António Fráguas 

Oncologista

Dr.  André Oliveira

Oncologista

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Oncologista

Joana Freitas; Sara Miranda

Enfermeiras

Hospital de Dia de quimioterapia

Cinco anos de dedicação ao doente oncológico

HPA Magazine 6


O Cancro começa por ser um agrupamento de células que perderam os seus mecanismos de controlo normais e que adquirem, por isso, um crescimento descontrolado. Uma multiplicidade de fatores, genéticos e ambientais, aumentam o risco de desenvolvimento de um cancro. O aumento verificado nas doenças oncológicas deve-se não só a um melhor diagnóstico dos casos, mas também a um aumento efetivo na incidência de certos tipos de cancro, particularmente naqueles ligados ao consumo excessivo de bebidas alcoólicas, tabaco, tipo de alimentação, não esquecendo o cancro profissional, a poluição em todas as suas vertentes e o aumento da esperança de vida à nascença. 
O Hospital de Dia de Quimioterapia do Hospital de Gambelas festeja em julho cinco anos. Um caminho que tem sido trilhado de forma sólida no atendimento e suporte ao doente oncológico e à sua família. Com uma equipa cada vez mais alargada e estruturada, disponibiliza hoje todos os meios necessários à quimioterapia, distinguindo-se pelas suas competências técnicas, mas também pelas suas qualidades humanistas.



 

A Oncologia é a especialidade médica que trata o Cancro e os Oncologistas os profissionais que o combatem. O Cancro constitui um preocupante problema de saúde para a população portuguesa, com importância plenamente justificada pela sua crescente morbilidade e mortalidade. Em Portugal surgem, anualmente, 37 mil novos casos de cancro. Na região do Algarve, esse número foi em 2011, de 2.281 novos casos, sendo o cancro da Mama o mais frequente na mulher e o cancro da Próstata o de maior incidência no homem, logo seguido pelo cancro do Pulmão.
A prática da Oncologia é hoje uma síntese de múltiplos saberes e experiências, que requer a presença de uma Equipa Multidisciplinar de profissionais com formação e treino adequados. Esta equipa deve trabalhar coordenadamente e a sua liderança é assumida pelo elemento com uma formação mais abrangente, ou seja, o Oncologista Médico.
A doença oncológica é abordada no diagnóstico, tratamento e seguimento dos doentes por uma disciplina multidisciplinar, em que intervêm especialistas das várias áreas do conhecimento médico como a Oncologia Médica, Cirurgia, Radioterapia, Anatomia Patológica, Patologia Clínica e, dependendo da neoplasia maligna em causa, de outras especialidades como a Senologia (cancro da mama), Hematologia (leucemias, linfomas), Gastrenterologia (cancros do estômago, colon e recto, pâncreas, vesícula biliar) Endocrinologia (cancro da tiróide, supra renal) Pneumologia (cancro do pulmão), Otorrinolaringologia (cancro da cavidade oral), Ginecologia (cancros do útero, ovário, vulva), Urologia (cancros do rim, bexiga, próstata, testículo), Neurocirurgia (cancros do sistema nervoso central), Anestesiologia (tratamento da dor aguda e crónica), Psicologia Clínica e Psiquiatria (acompanhamento psicológico e psiquiátrico aos doentes).
A avaliação do cancro começa com uma história clínica e um exame físico. Os doentes queixam-se muitas vezes, de falta de apetite, perda de peso, alterações do paladar e do olfato, fadiga, perturbações psicológicas e dor.
Ambos ajudam o médico a avaliar o risco de cancro que uma pessoa tem e a determinar os exames necessários para o detetar. O diagnóstico oncológico é um diagnóstico histológico, o que requer uma biópsia. Quando se deteta o cancro, outros exames ajudam a conhecer a sua localização exata e se já se estendeu, ou não, a outros órgãos (metástases). Posto isto, planifica-se o tratamento apropriado e determina-se o prognóstico.
O Hospital de Dia de Quimioterapia do Hospital Particular do Algarve, é uma moderna Unidade de semi-internamento o que permite ao doente manter-se no seu meio familiar, profissional e cultural. O Hospital de Dia em regime privado assume algumas vantagens como por exemplo, o acesso facilitado e quase imediato à quimioterapia citostática nos seus diferentes protocolos, oral e endovenoso, assim como um tempo de espera praticamente mínimo para o início do tratamento, com o acompanhamento de uma Equipa médica e de enfermagem especializada, 24 horas por dia. Outra vantagem corresponde à possibilidade de realizar tratamentos em qualquer subsistema de saúde ADSE, ADM, Seguros de Saúde nacionais e estrangeiros.
No período compreendido entre 2011, ano da criação do Hospital de Dia, e o ano de 2015, houve um acréscimo do número de tratamentos de quase 300%. O grupo etário é maioritariamente com mais de 65 anos, correspondendo a 42.3% do total dos nossos doentes.
Ao nível da localização destacam-se o cancro da Mama (38%), os tumores do Cólon-Rectal, (26%), o cancro da Próstata (10%) e da Bexiga (8%). De salientar que a maioria dos nossos doentes são de nacionalidade Portuguesa, 71% da totalidade dos doentes, 13% do Reino Unido, 5% dos Países de Língua Oficial Portuguesa, 3% da Alemanha, 1% da França, Suíça, Rússia e Marrocos.
Os doentes em tratamento são sempre acompanhados em consulta de oncologia médica, para se avaliar como respondem à terapia, considerando-se o tratamento mais eficaz, aquele que proporciona a cura.
A cura define-se como uma remissão completa na qual desaparece toda a evidência do cancro.
Atualmente 65% dos doentes diagnosticados com cancro vivem mais de 5 anos. Muitos dos sobreviventes são idosos e têm outras patologias associadas, que devem ser abordadas para se otimizar o estado funcional e a sua longevidade. Os Médicos de Família têm um papel fundamental na prevenção das doenças e no tratamento das complicações e situações patológicas associadas. 
Como forma de responder às orientações e recomendações do Plano Oncológico Nacional, definem-se estratégias e orientações de intervenção na luta contra o Cancro ressaltando a necessidade de intensificar a luta contra o tabagismo, reduzir a exposição ocupacional e a poluição ambiental no ar, solos e água, promover a educação para um regime alimentar saudável, como é a dieta mediterrânica ou informar a população sobre a foto proteção. Além disso, os rastreios têm um papel determinante no desfecho do cancro; realizar rastreios do cancro da mama por mamografia, em mulheres entre os 50 e os 69 anos de idade, rastrear o cancro do colo do útero por citologia cervical (Papanicolau), no grupo etário dos 30-60 anos, melhorar a capacidade de diagnóstico precoce do cancro do colo-rectal por pesquisa de sangue oculto nas fezes e colonoscopia, no grupo etário 50-74 anos.