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Consulta de rastreio do Cancro do Pulmão

HPA Magazine 9

 

A deteção precoce de cancro do pulmão através de Tomografia Axial Computadorizada (TAC) de baixa resolução permite aos médicos conhecer ainda em fase inicial os nódulos tumorais, quando estes ainda são pequenos e curáveis. 

De acordo com uma pesquisa publicada no New England Journal of Medicine em outubro de 2006 mais de 80% dos pacientes com cancro do pulmão detetado precocemente através de TAC obtiveram cura e, se o tratamento for imediatamente iniciado a taxa de cura aumenta para 92%. Contrariamente, se não detetado precocemente através de rastreio, mais de 95% dos pacientes com cancro do pulmão morrem da doença, geralmente poucos anos após o diagnóstico. 
O rastreio é uma decisão pessoal muito importante. Contudo, essa decisão deve ser discutida com o seu médico, para que este o ajude a tomar a decisão correta. 
A neoplasia do pulmão é o tipo de cancro com maior incidência (1,6 milhões casos/ano, 12,7% do total) e maior mortalidade (23% do total de mortes por cancro) em todo o mundo. Em Portugal morrem com esta doença cerca de 3500 pessoas/ano, sendo a maior causa de morte oncológica nos homens e a quarta maior nas mulheres. A consulta de rastreio do cancro do pulmão do Grupo HPA inclui uma equipa multidisciplinar que integra Pneumologistas, Oncologistas, Cirurgiões Torácicos, Radioterapeutas, Imagiologistas, Patologistas Clínicos, Geneticistas, Especialistas em Medicina Nuclear, Psico-oncologistas, Nutricionistas, Especialistas em Cuidados Intensivos e Paliativos e Enfermeiros, que trabalham em conjunto para proporcionar aos doentes os mais avançados recursos diagnósticos e terapêuticos disponíveis

 


COMO FUNCIONA O RASTREIO PRECOCE

PASSO 1
Verificar se existe risco de cancro do pulmão

  • O primeiro passo é decidir se com a sua história de vida deve participar num programa de triagem. Isso depende da sua idade e do histórico de tabagismo. Se tem mais de 50 anos e é fumador há 10 anos ou mais, considere que tem risco de desenvolver cancro do pulmão e por isso avaliar a possibilidade de realizar uma TAC. Há outros fatores que podem também aumentar este risco: exposição a amianto, sexo (homem) ou raça (caucasiana).

PASSO 2
Triagem Básica

  • O rastreio para a deteção precoce do cancro de pulmão começa com o primeiro rastreio ou triagem basal. Isso significa que o paciente nunca foi submetido a TAC Tórax ou pelo menos não nos últimos 3 anos. Se nenhum nódulo for detetado, o doente deve repetir a TAC no ano seguinte.
  • Os exames de repetição anuais são muito importantes, pois é quando nódulos mais pequenos e curáveis são detetados. A maioria dos nódulos não são de origem maligna, muitas vezes são anomalias menos graves de lesões anteriores, uma infeção menor ou um tumor não cancerígeno. Quando um nódulo é detetado os resultados das TACs anteriores são comparados para confirmar se o nodulo sofreu aumento. Atualmente esta é a melhor maneira de decidir se um nódulo é ou não de origem maligna. 

PASSO 3
Biopsia

  • Se a segunda TAC revelar um crescimento do nódulo, idêntico ao crescimento de um nódulo maligno, o radiologista requisitará outros exames, como por exemplo uma biópsia do nódulo. Porém, se o crescimento do nódulo não for idêntico ao crescimento de um nódulo maligno, então só será necessário repetir a TAC no ano seguinte. 

PASSO 4
Tratamento 

  • Quando o cancro do pulmão é diagnosticado é necessário ser tratado. Se for no início o doente é de imediato submetido a cirurgia e o nódulo removido por resseção cirúrgica com uma hipótese de cura muito alta, aproximadamente 92%.
  • A cirurgia é realizada por técnicas minimamente invasivas com a mais avançada tecnologia de vídeo de alta definição em 3D, sendo a equipa do Grupo HPA pioneira em Uniportal VATS, em que a cirurgia é realizada por uma pequena e única incisão, com menos dor e mais rápida recuperação.