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Crioterapia na Doença Oncológica

A quimioterapia é um tratamento fundamental no combate ao cancro, mas frequentemente acompanhada de efeitos secundários que podem afetar o bem-estar físico e emocional dos pacientes. A alopecia induzida, a neuropatia periférica e as alterações nas unhas estão entre os efeitos mais comuns.

A crioterapia é uma intervenção não farmacológica que, através da aplicação controlada de frio, pode prevenir ou atenuar alguns destes efeitos adversos:

  • Crioterapia do couro cabeludo (Scalp cooling):realizada com um capacete conectado a um sistema de arrefecimento, reduz a temperatura do couro cabeludo antes, durante e após a quimioterapia. Esta técnica provoca vasoconstrição e diminui o metabolismo local, o que limita a quantidade de fármaco que atinge os folículos pilosos. O objetivo é prevenir ou minimizar a queda de cabelo, que tem um impacto profundo na autoestima dos doentes.
  • Crioterapia periférica (luvas e botas de gel):aplicada nas mãos e pés, 15 a 30 minutos antes do início da infusão da quimioterapia, durante, e mantida até 30 minutos após o seu término. 

Este procedimento reduz a temperatura das extremidades, provocando vasoconstrição, o que diminui o fluxo sanguíneo e, por consequência, a quantidade de fármaco citotóxico que atinge estas zonas.

Esta intervenção ajuda a reduzir a incidência de neuropatia periférica e alterações ungueais induzidas por fármacos, como o paclitaxel, o docetaxel e a oxaliplatina.

Embora não garanta a prevenção total, a crioterapia tem mostrado resultados positivos e é geralmente bem tolerada. Os efeitos secundários associados, como frio intenso, dormência ou arrepios, são transitórios e reversíveis.

A seleção dos pacientes elegíveis é efetuada pela equipa médica, enquanto a equipa de enfermagem assegura a monitorização e execução da técnica, garantindo segurança e conforto.

Assim, a crioterapia representa um avanço relevante no cuidado de suporte em oncologia, contribuindo para melhorar a experiência do paciente durante o percurso terapêutico.

Enfermeira Marta Rodrigues 

13 de Outubro de 2025