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Notícias

Dia Internacional do Enfermeiro

Hoje assinala-se o Dia Internacional do Enfermeiro — um momento que serve não só para homenagear todos os profissionais de enfermagem, mas também para lembrar a importância de cuidar da sua saúde e bem-estar.

No Grupo HPA Saúde, reconhecemos o impacto emocional, físico e mental inerente ao exercício da profissão.

Neste dia especial, manifestamos o nosso sincero reconhecimento pelo profissionalismo, dedicação e empatia com que, diariamente, cuidam de todos aqueles que nos confiam a sua saúde.

Reiteramos, com o mesmo sentido de responsabilidade, o nosso compromisso em continuar a cuidar de quem cuida com respeito, proximidade e gratidão.

Obrigado por estarem sempre presentes.


 

Autoestima e autocuidado:
Fundamentos para a saúde emocional
Artigo escrito pela Enfª. Carla Silva

A promoção da saúde mental e emocional passa, inevitavelmente, pelo desenvolvimento da autoestima e pela adoção consistente de práticas de autocuidado. Embora frequentemente negligenciados dos contextos profissionais e pessoais, estes dois pilares são determinantes para a manutenção do bem-estar e para a prevenção de estados de exaustão física e emocional, como o burnout.

O que é a autoestima?

A autoestima pode ser compreendida como a perceção e valorização que uma pessoa tem de si própria. Trata-se de uma construção psicológica complexa que envolve autoconhecimento, autoaceitação e autovalorização. Uma autoestima saudável permite estabelecer limites claros, tomar decisões alinhadas com os próprios valores e relacionar-se com os outros de forma mais equilibrada.

Pessoas com baixa autoestima tendem a:

  • Minimizar as suas conquistas;
  • Tolerar situações de desgaste emocional por medo de desagradar;
  • Dificultar a adoção de hábitos de autocuidado por não se sentirem merecedoras.

O PAPEL DO AUTOCUIDADO

O autocuidado é a prática consciente de ações que visam preservar, proteger e fortalecer a saúde física, mental e emocional. Contrariamente à perceção comum, o autocuidado não se restringe a momentos de lazer ou relaxamento — é uma responsabilidade pessoal e contínua, que exige autoconhecimento, disciplina e intenção.

Ao integrar o autocuidado no quotidiano, permite-nos que:

  • O descanso seja parte integrante da produtividade;
  • A escuta ativa das próprias emoções seja essencial para uma regulação saudável;
  • O respeito pelos seus limites, mesmo em contextos profissionais de elevada exigência.

A RELAÇÃO ENTRE AUTOESTIMA E AUTOCUIDADO

Existe uma relação interdependente entre autoestima e autocuidado:

  • Quando uma pessoa se valoriza, é mais provável que cuide de si com regularidade e consistência.
  • Ao mesmo tempo, práticas de autocuidado reforçam a autoestima, validando a perceção de que somos merecedores de atenção, tempo e respeito.

Por isso, estratégias de promoção do bem-estar devem contemplar intervenções que fortaleçam a autoestima e incentivem o autocuidado como prática diária, e não apenas como resposta a situações-limite.

PRÁTICA DE 5 MINUTOS DIÁRIOS PARA O BEM-ESTAR

Com base nos princípios do mindfulness, da psicologia positiva e da inteligência emocional, a seguinte prática diária pode ser integrada na rotina de qualquer pessoa, como uma forma de cultivar presença, autoconsciência e cuidado consigo.

  1. Respiração Consciente (1 minuto)

Uma rotina simples, mas poderosa, que podes fazer a qualquer hora do dia:

Senta-te confortavelmente, fecha os olhos e faz uma pausa.

Inspira pelo nariz durante 4 segundos…

Expira pela boca durante 6 segundos…

Sente o ar a entrar e a sair.

Repete o ciclo algumas vezes e nota como o teu corpo começa a abrandar, criando espaço para mais serenidade.

  1. Escuta Interna (1 minuto)

Pergunta-te com honestidade: "Como me sinto agora?"

Sem pressa de julgar ou mudar nada, apenas ouve.

Reconhece e aceita os teus sentimentos, seja o que for.

Isso é um ato poderoso de autocompreensão e aceitação.

  1. Afirmação Positiva (1 minuto)

Escolhe uma frase que te faça sentir mais forte e alinhado com o que desejas para o teu bem-estar.

Exemplos: “Eu mereço cuidar de mim.”; “O meu valor não depende do que faço, mas de quem sou.” E “Hoje escolho respirar e abrandar.” Repete esta afirmação em voz alta ou mentalmente, várias vezes, permitindo que as palavras penetrem na tua mente e te fortaleçam.

  1. Movimento Consciente (1 minuto)

Estica os braços, roda os ombros e move o corpo de forma suave e lenta. Dá atenção a cada movimento, sentindo cada parte de ti a ativar-se. Aumenta a tua conexão com o corpo e aprecia o momento presente.

  1. Gratidão Intencional (1 minuto)

Reflete sobre algo simples pelo qual estás grato(a) neste momento.

Pode ser um sorriso, um raio de sol, o som da chuva ou a companhia de alguém. Agradece sinceramente e sente a leveza que essa gratidão traz ao teu coração.

Fomentar uma cultura de saúde emocional começa por normalizar estas conversas e por capacitar indivíduos — especialmente em profissões de ajuda, como a enfermagem ou o ensino — a reconhecer o seu valor e a cuidar de si com o mesmo empenho com que cuidam dos outros.

Autoestima e autocuidado não são luxos. São condições fundamentais para uma vida emocionalmente saudável e sustentável.

 


 

Sinais de Alerta de Burnout
Vídeo de Dr. Miguel Coutinho

 


 

O cuidado para quem cuida
Artigo escrito pela Dra. Ana Andrade

Durante o turno, os enfermeiros confrontam-se com situações e decisões que envolvem uma série de questões, nomeadamente questões técnicas, de gestão da dor, valores pessoais e morais, gestão interpessoal, avaliação das circunstâncias e dos riscos prováveis, e muitas mais. E, ao mesmo tempo, dedicam-se ao contacto próximo e empático com os pacientes.

É comum pensarmos nestes fatores quando se pensa na profissão de enfermagem, mas há algo igualmente importante que, por vezes, passa despercebido: o impacto que o ambiente de trabalho pode ter na saúde mental destes(as) profissionais.

 

No contexto de trabalho quando os cuidados para os pacientes estão assegurados, quem cuida dos enfermeiros?

Começa com a construção de ambientes de trabalho saudáveis. Segundo a Ordem dos Psicólogos, um local de trabalho promotor de bem-estar é aquele que investe ativamente na saúde psicológica dos seus profissionais.

Um enfermeiro que sente que a sua voz é ouvida, que pode contar com os colegas e que tem espaço para crescer, desenvolve não só mais resiliência, mas, acima de tudo, também maior satisfação no exercício da profissão.

Um ambiente saudável não é apenas uma meta, é um apoio real no dia-a-dia. Quando há condições para haver um ambiente de trabalho saudável, este pode tornar-se um elemento protetor da saúde física e mental, e também potenciador de desenvolvimento individual do enfermeiro, assim como da equipa inteira.

O que constitui um bom ambiente de trabalho?

Segundo a Ordem dos Psicólogos Portugueses, um ambiente de trabalho saudável é aquele que implementa estratégias concretas e específicas que melhorem o bem-estar físico e psicológico, avaliando e prevenindo riscos psicossociais como o stress e o burnout.

É também aquele que favorece o equilíbrio entre a vida pessoal e profissional, oferece oportunidades de crescimento pessoal e profissional, incentivando o desenvolvimento contínuo. É, igualmente, importante que exista reconhecimento e valorização, promovendo o envolvimento dos trabalhadores e um sentimento de pertença. Um compromisso forte em todos os níveis hierárquicos é fundamental para manter um clima positivo e prevenir problemas relacionados com a saúde mental.

Cuidar de quem cuida é acima de tudo contribuir para humanizar o sistema de saúde, reconhecendo que para cuidar bem é preciso, também, ser cuidado.

12 de Maio de 2025