Embora pareça inofensivo, o hábito de mastigar gelo pode trazer consequências sérias para a Saúde Oral. Muitas pessoas fazem-no por prazer, para aliviar o calor ou até como forma de reduzir o stress, mas este comportamento pode danificar dentes e gengivas de maneira significativa.
O principal risco está associado ao desgaste do esmalte dentário, a camada protetora que reveste os dentes. O gelo, por ser extremamente duro, pode provocar microfraturas, ou mesmo fraturas ou ainda fissuras, sobretudo naqueles que já apresentam restaurações, cáries ou fragilidade prévia. Além disso, o contacto repetido com o frio intenso pode causar sensibilidade dentária, tornando desconfortável a ingestão de alimentos quentes ou frios.
Outro problema comum é o trauma gengival. Mastigar cubos de gelo pode ferir as gengivas, causando inflamações e, em casos mais graves, favorecendo infeções. Em pessoas que usam aparelhos ortodônticos, próteses ou facetas dentárias, o risco é ainda maior, uma vez que o impacto do gelo pode danificar esses dispositivos, comprometendo o tratamento.
Em alguns casos, o “desejo compulsivo de mastigar gelo”, conhecido como pagofagia, pode estar associado a deficiências nutricionais, como a carência de ferro ou anemia. Nestes casos, é fundamental investigar a causa subjacente com um profissional de saúde.
Portanto, apesar de parecer um hábito inofensivo, mastigar gelo não é recomendado. Para aliviar o calor ou manter a hidratação, o ideal é optar por beber água fresca. Em caso de dor, sensibilidade ou fraturas dentárias, deve procurar um médico dentista para avaliação e tratamento adequado.
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6 de Agosto de 2025
