tempos médios de espera

Hospital Particular Alvor

00h13m

Atendimento Permanente

Hospital Particular Gambelas

00h12m

Atendimento Permanente

00h00m

Pediatria

Hospital Particular da Madeira

00h05m

Atendimento Permanente

00h00m

Pediatria

Madeira Medical Center

Atendimento Médico
não programado

Cirurgia Cardiotorácica

Notícia em: Jornal da Madeira - PUBLIREPORTAGEM | 01 de março de 2020 > Ver



 

Dr. António Brazão

  • Assistente Graduado de Cirurgia Cardiotorácica n Coordenador do Serviço de Emergência Médica Regional (SEMER/EMIR) Coordenador do Programa Regional de Desfibrilhação Automática Externa (PRDAE) n Membro da Comissão Regional de Proteção Civil
  • Assistente Convidado da Universidade da Madeira – Mestrado Integrado de Medicina n Membro do Colégio de Especialidade de Cirurgia Cardiotorácica da Ordem dos Médicos
  • ​Membro do Grupo de Estudos de Cirurgia Cardíaca da Sociedade Portuguesa de Cardiologia n Membro da Comissão Técnica para a Padronização dos Sistemas de Emergência e Transporte de Doentes do Instituto Português da Qualidade


 

Dr. Diogo Rijo

  • Assistente Hospitalar de Cirurgia Cardíaca
  • Membro do European Board of Cardiothoracic Surgery (MEBCTS)
  • ​Presidente Direcção da 4InMedical – Associação para a Formação e Inovação em Medicina

A Cirurgia Cardiotorácica é uma área diferenciada e multidisciplinar das Ciências Médicas que aborda especificamente a prevenção, o diagnóstico e o tratamento de situações de doença aguda e crónica do foro cardiovascular, da caixa torácica e aparelho respiratório, em doentes potencialmente cirúrgicos.

O sucesso nesta área de diferenciação cirúrgica depende de múltiplos fatores, entre os quais, a excelência de um vasto leque de profissionais onde pontificam, cirurgiões, anestesistas, cardiologistas, pneumologistas, intensivistas, enfermeiros, técnicos de cardiopneumologia (perfusionistas), fisioterapeutas, auxiliares de ação médica, coadjuvados por todos os profissionais de áreas afins, assim como, da existência de dispositivos médicos altamente sofisticados e de determinadas condições físicas, nomeadamente no que se refere a bloco operatório e unidade de cuidados intensivos.

Na patologia do foro estritamente torácico que compreende, entre outras, o cancro do pulmão e demais neoplasias torácicas, as deformidades osteoarticulares da caixa torácica ou as hiperhidroses palmar e axilar (transpiração excessiva), o tratamento cirúrgico não exige grande investimento em dispositivos médicos, estando o sucesso muito na dependência da diferenciação da equipa cirúrgica. Por este motivo, este tipo de cirurgia já vem sendo realizado em ambiente privado na RAM, desde 2017.

Já no que respeita à cirurgia cardíaca que engloba, entre outras, as intervenções sobre as válvulas do coração (reparação e implantação de próteses), as intervenções sobre as artérias coronárias (cirurgia de ByPass), a reparação de aneurismas da aorta torácica ou a correção de defeitos congénitos, o grau de exigência é máximo e, até recentemente, na RAM não havia condições para a sua realização fora do SESARAM.

Felizmente, desde que foi inaugurado o HPM, unidade hospitalar construída segundo os requisitos exigidos para funcionar como um hospital de fim de linha, possuidora de excelentes condições físicas, tem sido feito um esforço considerável no seu apetrechamento a nível de dispositivos médicos e de recursos humanos diferenciados. Desta forma, no que respeita à cirurgia cardíaca, a aquisição da máquina de circulação extra-corpórea (máquina coração pulmão), representou um marco importante, que tornou possível dar início à realização deste tipo de cirurgia.

Assim, associada à cirurgia do foro torácico que já vem sendo realizada nesta instituição desde finais de 2019, passa a estar também ao dispor da nossa população e da que nos visita, a importante valência da cirurgia cardíaca.

O pontapé de saída ocorreu no passado dia 15 de fevereiro, numa doente de 67 anos, com o diagnóstico de regurgitação mitral severa, regurgitação tricúspide moderada, hipertensão pulmonar severa, disfunção severa do ventrículo direito e fibrilhação auricular crónica, tendo sido realizada reparação das válvulas mitral e tricúspide e encerramento do apêndice auricular esquerdo. Tratou-se de uma doente com risco cirúrgico elevado, quase no limite da inoperabilidade, mas cuja urgência da situação não permitia contemplações. Com a colaboração de toda a equipa, a cirurgia decorreu sem incidentes e o pós-operatório sem intercorrências, tendo alta ao 6º dia. Estamos todos de parabéns!