tempos médios de espera

Hospital Particular Alvor

Superior a 1H30

Atendimento Permanente

Hospital Particular Gambelas

00h01m

Atendimento Permanente

00h00m

Pediatria

Hospital Particular da Madeira

00h00m

Atendimento Permanente

00h02m

Pediatria

Madeira Medical Center

Atendimento Médico
não programado

Notícias

Dia Mundial do Linfoma

No Dia Mundial do Linfoma a Dra. Ana Montalvão responde às dúvidas mais frequentes relacionadas com esta doença.

O que é um linfoma?

Um linfoma corresponde à transformação maligna de linfócitos (um tipo de glóbulos brancos), sendo a denominação para um grupo de várias doenças com comportamento e prognóstico diversos. Existem nais de 30 subtipos de linfoma, de acordo com a classificação da Organização Mundial de Saúde (OMS). Destaca-se o Linfoma de Hodgkin dos restantes tipos de linfoma (chamados não-Hodgkin).

 

Quais são os sintomas ou sinais de alerta associados aos linfomas?

As adenopatias (gânglios linfáticos aumentados) são o sinal mais frequente; o seu ritmo de crescimento direciona o diagnóstico para um linfoma indolente ou agressivo. Sintomas frequentes são febre, sudação noturna profusa, perda de peso (>10% em 6 meses); dado os linfomas poderem localizar-se em qualquer órgão com tecido linfóide, outros podem surgir, relacionados com os órgãos afetados.

 

Que exames devem ser realizados para o diagnóstico de um linfoma?

Quando surge como uma ou mais adenopatias, uma biópsia (se possível, da totalidade do gânglio) é fundamental para o diagnóstico do linfoma; vários testes são feitos sobre essa amostra para confirmação e caracterização da doença. Quando aquelas não existem ou são inacessíveis, podem ser necessárias outras técnicas invasivas, como endoscopia, broncoscopia, laparotomia ou punção medular.

 

Que tratamentos existem para o linfoma?

Antes de iniciar tratamento, é essencial o estadiamento completo, com exames de imagem (como TAC, PET ou RMN) e análises específicas, incluindo em muitos casos biópsia óssea e menos frequentemente punção lombar. De posse do Estadio (I a IV) e dados de segurança, é possível eleger o tratamento mais eficaz, de entre a quimioterapia, imunoterapia ou radioterapia (ou combinações de ambas).

 

Qual a taxa de sobrevivência dos linfomas?

É extremamente variável, desde taxas de 95% de sobrevida livre de progressão a 5 anos para Linfoma de Hodgkin (Estadio I-II), até taxas de 26% de sobrevida global a 5 anos para Linfoma Não-Hodgkin (Estadio IV). Nos linfomas agressivos, o objetivo do tratamento é a cura, ao contrário dos linfomas indolentes, considerados incuráveis (sendo que alguns não necessitam nunca de tratamento).

 

Quais as diferenças entre o linfoma e a leucemia linfática crónica?

É importante considerar, antes do diagnóstico definitivo de linfoma, outras causas para adenopatias, como metástases de outras neoplasias, infeções, doenças auto-imunes e reumatológicas, ou a Leucemia Linfocítica Crónica; esta é mais frequentemente assintomática, tendo invariavelmente ponto de partida medular, com consequências sobre as várias células sanguíneas e sobre a imunidade.

 

 

Dr.ª Ana Montalvão                          

Hematologia                          

15 de Setembro de 2024