A especialidade de Hematologia integra o atendimento na área clínica (consultas e internamento) sobretudo em Hematologia Geral, Hemato-Oncologia e Medicina Transfusional, diagnosticando e tratando doenças do sangue, da medula óssea e do sistema linfático.
O sangue é formado por uma parte líquida (o plasma) e por células (hemácias ou glóbulos vermelhos, plaquetas e leucócitos ou glóbulos brancos). O plasma contém proteínas que entre outras ações atuam na defesa imunológica do organismo e na coagulação sanguínea. Quanto às funções celulares, as hemácias transportam o oxigénio para todo o organismo, as plaquetas controlam hemorragias e os leucócitos combatem infeções.
Os três grandes grupos das doenças hematológicas são as anemias, as alterações da coagulação e as doenças proliferativas e infiltrativas como as leucemias ou os linfomas.
• Alterações dos glóbulos vermelhos, ou eritrócitos, onde se incluem de forma mais representativa as anemias e as policitemias;
• Alterações dos glóbulos brancos que podem representar uma grande variedade de patologias, como a leucemia;
• Alterações das plaquetas, que são mais comuns quando os valores estão diminuídos, representando risco de sangramentos espontâneos ou hemorragias, e denominando-se de forma global “distúrbios da coagulação”, entre os quais o mais comum é a Púrpura.
A trombocitose (ou trombocitemia) e a trombocitopenia são condições que afetam o número de plaquetas no sangue, cuja quantidade normal em adultos varia entre 170 e 430 x 10⁹/L. A trombocitose refere-se a um aumento anormal no número de plaquetas, enquanto a trombocitopenia corresponde a uma diminuição das plaquetas para valores abaixo do limite normal. Ambas as condições podem ter implicações importantes para a saúde e devem ser monitorizadas de acordo com a causa e gravidade.
A trombofilia é uma condição médica que aumenta a predisposição para formar coágulos sanguíneos (trombose) de forma anormal. Em pessoas com trombofilia, o sangue coagula mais facilmente do que o normal, o que pode levar a complicações como tromboses venosas profundas, embolia pulmonar, acidente vascular cerebral (AVC) ou enfarte do miocárdio.
Essa condição pode ser hereditária ou adquirida. Embora algumas pessoas com trombofilia não apresentem sintomas, outras podem enfrentar sérios problemas de saúde devido à formação de coágulos.
A anemia é uma condição em que o número de glóbulos vermelhos ou a quantidade de hemoglobina no sangue está abaixo dos níveis normais. A hemoglobina é a proteína responsável por transportar oxigénio para os tecidos do corpo, e quando os seus níveis estão baixos, os órgãos e tecidos não recebem oxigénio suficiente, resultando em sintomas de cansaço, fraqueza, palidez, falta de ar e, em alguns casos, tonturas ou dores de cabeça.
A hemofilia é uma condição hereditária que afeta a coagulação do sangue, tornando difícil o controlo de hemorragias. Isso ocorre devido à deficiência ou ausência de fatores de coagulação e à falta de proteínas essenciais para o processo de coagulação adequado. Existem dois tipos principais de hemofilia: a Hemofilia A, que é causada pela deficiência do fator VIII, e a Hemofilia B, que resulta da deficiência do fator IX.
A leucemia é um tipo de cancro que afeta o sangue e a medula óssea. Caracteriza-se pela produção descontrolada de glóbulos brancos anormais, que comprometem o funcionamento normal do organismo, dificultando a produção de células saudáveis e levando a várias complicações. Esta doença pode surgir de forma repentina (leucemia aguda) ou desenvolver-se lentamente ao longo do tempo (leucemia crónica).
O linfoma é um tipo de cancro que afeta o sistema linfático, responsável pela defesa do organismo contra infeções e doenças. Este sistema inclui os linfócitos (um tipo de glóbulo branco), os gânglios linfáticos, o baço e a medula óssea. Nesta condição, os linfócitos sofrem alterações que os fazem multiplicar-se de forma descontrolada, formando tumores e prejudicando a função normal do sistema imunitário.
As gamapatias monoclonais de significado indeterminado são condições caracterizadas pela presença de proteínas anormais no sangue, chamadas imunoglobulinas monoclonais. Estas proteínas, também chamadas de anticorpos monoclonais, são produzidas por plasmócitos, células diferenciadas a partir dos linfócitos B, um tipo de glóbulo branco responsável pela produção de anticorpos. No entanto, apesar da sua presença, essas células não causam, inicialmente, problemas graves à saúde.
A púrpura trombocitopénica é uma condição caracterizada pela redução do número de plaquetas no sangue, fundamentais para a coagulação. Quando os níveis de plaquetas estão abaixo do normal, o risco de hemorragias aumenta, e os pacientes podem apresentar sintomas como hematomas fáceis, manchas roxas na pele, sangramentos nasais e gengivais. Existem duas formas principais desta doença: a Púrpura Trombocitopénica Idiopática, de causa autoimune, e a Púrpura Trombocitopénica Trombótica, que é mais rara e grave.
As talassemias são doenças hereditárias que afetam a produção de hemoglobina, presente nos glóbulos vermelhos e responsável pelo transporte de oxigénio no sangue. Nas pessoas com talassemia, há uma alteração genética que resulta na produção insuficiente ou alterada das cadeias de globina, o que provoca a destruição prematura dos glóbulos vermelhos e, consequentemente, a anemia.
No Grupo HPA Saúde, dedicamo-nos a oferecer diagnóstico e tratamento de excelência para doenças complexas como o mieloma múltiplo, uma forma de cancro que afeta a medula óssea. Esta doença caracteriza-se pela proliferação descontrolada de plasmócitos, um tipo de célula responsável pela produção de anticorpos. Quando essas células se multiplicam de forma excessiva, interferem na produção normal de glóbulos vermelhos, glóbulos brancos e plaquetas, resultando em vários problemas de saúde.
A medula óssea é um órgão / tecido, de tipo esponjoso, que se localiza no interior dos ossos (em maior quantidade nos ossos planos, como os ilíacos ou o esterno, mas também nos ossos longos).
Saber Mais