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Anemia Um Problema a Combater

Notícia em: Jornal da Madeira - PUBLIREPORTAGEM | 12 de janeiro 2020 > Ver



 


 

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Dra. Patrícia Matos Olim

  • Especialidade em Hematologia Clínica nos Hospitais da Universidade de Coimbra (2012)

  • Mestrado Integrado em Medicina pela Faculdade de Medicina da Universidade de Coimbra (2011)

  • Actividade profissional na área de Hematologia Clínica com seguimento e tratamento de doentes com patologias do foro hematológico e hemato-oncológico em regime de consulta externa ou hospital de dia.

  • Trabalhos científicos no âmbito das anemias, leucemias, linfomas, doença de hodgkin e mielomas.


O Dia Nacional da Anemia foi estabelecido a 26 de Novembro, dado tratar-se de um problema de saúde pública que atinge cerca de 20% da população portugue­sa adulta. Para esta problemática contribuem o diagnóstico e o tra­tamento inapropriados o que faz perdurar a elevada prevalência no nosso país.

O nome anemia tem origem no grego anaimía, que significa “falta de sangue”. Este é produzido na medula óssea e é constituído por plasma, glóbulos vermelhos, gló­bulos brancos e plaquetas.

Actualmente, a anemia é defi­nida como uma diminuição no nú­mero de glóbulos vermelhos ou na concentração da hemoglobina no sangue. Esta molécula transporta o oxigénio a todas as células do organismo permitindo um funcio­namento eficaz das mesmas. Deste modo, em situação de anemia, a falta de aporte de oxigénio às célu­las, conduz a um compromisso, não raras vezes, notório na qualida­de de vida do indivíduo. Tal estado pode ter implicações negativas no rendimento laboral e na vida fami­liar, com impacto económico pela redução de produtividade não só física como cognitiva. 

Apesar de acontecer em qual­quer fase da vida, a anemia é mais comum em períodos de metabolis­mo elevado, como o crescimento e a gravidez ou em situação de he­morragias fisiológicas, como por exemplo na menstruação e pato­lógicas, como as digestivas. Re­gista-se uma incidência elevada no idoso, sendo frequentemente multifactorial. Por estas razões, os parâmetros normais variam de acordo com a idade, com o sexo e com a fase da vida.

Como detectar a anemia?

A anemia é detectada através da realização do hemograma com observação de esfregaço de sangue periférico e a investigação da sua etiologia deve ser efectuada mes­mo em pessoas assintomáticas. As diversas causas de anemia po­dem ter origem hereditária (talas­sémias), hemolítica, deficiências de ferro, vitamina B12 ou ácido fólico, perdas hemáticas ou outras con­dições como neoplasias, doenças infecciosas/inflamatórias, doenças crónicas e/ou auto-imunes. 

São sinais e sintomas de aler­ta a palidez muco-cutânea, fadiga física e mental, perda de concen­tração, palpitações, tonturas, ce­faleias, sonolência, irritabilidade, perda de apetite, falta de ar, perdas sanguíneas gastrointestinais ou gi­necológicas, icterícia, urina escura ou perda ponderal.

Tendo por base que a anemia por deficiência de ferro é a causa mais comum, além de identificar as suas causas podemos preveni-la com uma dieta equilibrada que inclua carne, peixe, fruta, vegetais de fo­lha verde e consumo moderado de leite ou chá, sobretudo quando em concomitância com as principais refeições (almoço e jantar). A vi­tamina C presente nos citrinos, Ki­wis, brócolos tem papel importan­te na absorção de ferro. Também é importante lembrar que a dieta vegetariana pode causar anemia por deficiência de vitamina B12 e o consumo abusivo de bebidas al­coólicas pode desencadear anemia por deficiência de folatos.

O tratamento da anemia depen­de da sua etiologia e tem em vista a reposição dos níveis normais de hemoglobina e de glóbulos verme­lhos de forma a manter a adequada oxigenação dos tecidos sem reper­cussões clínicas.